Hoje farei a análise de um manga de Pokémon muito legal mais que nem todos conhecem, Pokémon Reburst. Pokémon RéBurst conta a história de Ryoga, um garoto destemido que parte em uma jornada para se tornar forte e encontrar seu pai desaparecido e o misterioso guerreiro Arcades (Arukatesu). A grande novidade na história é a Burst, uma espécie de jóia que funde-se ao corpo de seu portador, fazendo com que ele fique com a aparência e habilidades do Pokémon armazenado nela.
O mangá foca em transformações fundindo pokémons e humanos. Sim, meu caro leitor desiludido, você não leu errado! E o protagonista se transforma em quem? Nada mais nada menos que o lendário Zekrom! Sim, o dragão-elétrico!
Chega de introdução, vamos ao que interessa: “É bom?” Pra supresa total dos leitores… SIM. A história parece ter um roteiro e enredo se não bons, razoáveis. As transformações dos humanos são bem legais de se ver, apesar de ainda ter de ser explicada direito. Os protagonistas formam um bom dueto de comédia (A Miruto me lembra a green/leaf do mangá original. O que é excelente, amo a Green). E pela primeira vez temos protagonistas que não tem os nomes das versões! Porém eu achei crueldade com os pokémons que ficam à disposição pra fusão. Compadeci-me com eles. Talvez o tema seja abordado mais pra frente no mangá, se isso que o protagonista (e também vilões, como não poderia deixar de ser), chamado de BURST é correto, e ético. Até onde está certo prender pokémons e só usar o poder deles pra se transformar? Eu realmente tenho esperanças que o tema seja abordado futuramente.
O protagonista, Ryouga, fala o tempo todo de um tal de Arcades (na minha opinião, a única coisa chata dele. E talvez Arcades seja uma alegoria. Lembram do Arcadismo? Se não lembram vão estudar) e de seu pai, que deixaram a vila. Vila essa que tem um sistema interessante: para uma criança sair em uma jornada, ela tem que acumular pontos suficientes com pequenas ou grandes tarefas a tempo do festival. Ryouga treinou muito pra essa celebração, tanto que levanta pedras gigantescas sozinho (e de quebra carregando a Miruto). Ele é extremamente simples em sua maneira de pensar, e por isso facilmente manipulável, pois quando dizem que algo é impossível ele se sente desafiado e compelido a fazê-lo.
O garoto é puro, é simples. E é exatamente isso que o torna divertido. Mas acho que sua principal diferença dos outros protagonistas dos mangás pokémon é exatamente não se importar com “seu” pokémon. Ele só usa o seu zekrom pra fusão, nada mais. Tenho grandes esperanças pro lado psicológico dele.
Já Miruto é a típica estrategista trabalhando pro bem. A interação dela com Ryouga gera alguma comicidade, e pelo visto ela fará parte da trama principal. Pelo que já foi apresentado, ela possui vários pokémon e é uma boa treinadora, mas não conhecia os segredos do BURST. Não há realmente muito o que falar dela, ela está lá para interagir com Ryouga, e faz isso muito bem.
Pokémon Burst, apesar de parecer bizarro, pode render uma boa leitura e surpreender. Eu recomendo Pokémon ReBURST, se eu puder eu posto alguns capitulos para download!