No começo, você é apenas um senhor da guerra com um Eevee e uma ajudante que sabe quase tão pouco como você. Não é problema, ao longo do game, explicações são passadas a você. Depois de escolher seu gênero (não, não tem um velho que se esqueceu se você é menino ou menina pra te apurrinhar), o território de Ransei é apresentado, e Aurora é seu reino inicial. Cada reino adjacente possui um castelo com um senhor da guerra e um exército para defendê-lo, e é seu dever conquistá-los. Recrute novos guerreiros derrotando-os em seu próprio território, onde pequenas batalhas com treinadores e pokémons selvagens estarão disponíveis a cada novo turno. Eleve o nível de força de seus guerreiros e pokémons e expanda suas fronteiras para além de Aurora! A área de exploração lembra muito mais um RPG do que as séries originais, portanto, num estilo de Final Fantasy Tatics, você pode remanejar suas tropas pelas localidades com o cursor apenas, e designar tarefas para cada um de seus aliados.
Atenção: Este é um jogo tático de RPG, portanto, ao se confrontar com um inimigo, tanto suas habilidades especiais quanto as dele serão levada em conta. Por exemplo: Ao ir lutar no castelo do exército de lutadores, procure manter seu Eevee recuado, e ataque mais com seus outros pokémons, lembrando de impedir a passagem do inimigo para derrotá-lo com mais facilidade. Isso mesmo, o ambiente e cenário também influem nas batalhas pokémons, tanto de forma negativa quanto positiva. Monstrinhos com a habilidade de levitar se safam da lava, da água, e até mesmo dos obstáculos ao longo da plataforma, assim como outras habilidades especiais podem significar vantagem ou não também. Uma coisa é certa… Felizmente, é preciso ter cérebro e pensar com cuidado nas suas escolhas de pokémons nas batalhas para garantir a vitória ou uma derrota vergonhosa.
A história vai se desenvolvendo conforme suas tropas crescem e você vai aprendendo a se fortificar, enquanto vai conquistando os novos reinos além Aurora. Derrotando os primeiros reinos, você é apresentado à trama principal: o lorde Nobunaga é um tirano ambicioso que foi conquistando o mundo todo com irreverência e crueldade, e é seu dever impedi-lo. Ele possui um pokémon poderoso, e você precisará de muito treinamento para derrubá-lo do seu reino de terror e ajudar Ransei a ser livre. A trama enriquece a jogabilidade, mas não tira o foco das batalhas e táticas, o que é muito bom.
Durante os embates, você poderá usar itens equipados em seus pokémons, mas apenas um, diferentemente da série original. Aqui, não existe uma mala cabe tudo, mas há o inventário de cada castelo e guerreiro, o que faz esse papel. Ao derrotar os inimigos, itens poderão ser encontrados pelo ambiente também, quebrando o seu galho. E aqui vai uma das novidades mais úteis do jogo: Como guerreiro, você também poderá participar da batalha, ajudando o seu pokémon. Cada treinador possui uma habilidade especial, que auxilia os monstrinhos em campo, tais como canções de cura, boosts de alcance de área, de defesa, ataque, e muito mais! Claro que você pode tentar vencer na raça, o que deixa tudo mais divertido, mas uma ajuda a mais sempre é bom.
Outra grande questão que muitas vezes aparece quando as pessoas pensam em Pokémon Conquest e em seu enredo: Mas e as pokébolas? Pois é, elas não existem, afinal, são tecnologia pura e a história do jogo se passa no medievo. Portanto, a Nintendo desenvolveu um sistema de captura de pokémons diferente desta vez: o link (não, não estou falando do salvador de Hyrule). É como um laço que você cria e fortalece, tanto com o seu próprio pokémon, para deixá-lo mais forte e o evoluir, como com os selvagens, para trazê-los ao seu time. Selecionando a opção link, depois de um tempo de batalhas e conquistas, é possível ir fortalecendo o elo com o monstrinho, até capturá-lo, por assim dizer. É engenhoso e divertido, embora, na prática, seja meio confuso.
Outra coisa ruim do jogo é a música. Diferentemente das outras séries, onde a musiquinha realmente só consegue te encher o saco depois do terceiro ginásio, este tem de ser jogado praticamente no mute. Com poucas variações sonoras, a trilha de fundo é de dar vontade de jogar o DS contra uma manada de búfalos. Fora isso, o jogo é completamente fascinante e viciante, do tipo que não te deixa fechar o console, e te obriga a deixar todo mundo passar na sua frente na fila do mercado, para que você consiga conquistar só mais um ou dois castelos.
Portanto, o game está muito mais que recomendado, caros geeks, e se eu fosse vocês e tivesse um Nintendo DS (ou um emulador, já que não tá fácil pra ninguém), é nesse jogo que eu investiria meu dinheiro (ou download).
Fiquem com o trailer exibido na E3 deste ano, boa diversão a todos, e não se esqueçam de dizer se gostaram do review!